sexta-feira, outubro 27, 2006

“Do What Ye Will, An Ye Harm None”

("Faz O Que Quiseres, Sem Prejudicar Ninguém" - Lei Wiccan)

Passos que aprendemos, percursos que decidimos
Atitudes que tomamos, resultados que aceitamos.
Meditar e interpretar, concentrar-se e alcançar
Vida que se renova no íntimo cansado do nosso ser.

Existência posta à prova,
Expectativas tremendas que não sabemos cumprir
Pressões terríveis que não conseguimos carregar
Como é fácil tornarmo-nos uma decepção…

Desafio próprio de se descobrir uma forma
Luta pessoal por criar um modo de caminhar,
Tornar a vida numa experiência
incendiada,
colorida,
intensa,
excitante,
viva,
Real!

Uma e outra vez ouvir e sentir,
Saber e escolher,
Agir como se deseja
O verdadeiro duelo da atitude perante a vida.

Apenas errar, aprender, errar de novo,
Simples obstáculos, desafios que ultrapassamos,
Ferimos os outros e ferimo-nos
E então compreendemos e crescemos.

Hábitos e egoísmos, culpas e medos …
Vontade que se revela de formas tão estranhas,
Só que nada é verdadeiro e tudo é permitido
Para lá do entendimento…
a Magia!


domingo, outubro 15, 2006

ÂNCORA

Na espiral voraz do oceano da Vida
Por entre o lençol de nuvens que o vento impele
Na tormenta que arrasa como tornado
No sufoco dos sentidos que a dúvida motiva
Sou âncora

Nas noites de borrasca e céu cinzento
Na nortada salgada que do mar nos varre
Em momentos de incerteza e inquietação
Nas ondas alterosas em que o barco adorna
Sou âncora

Nas correntes que amarram o batel ao destino
No remoinho das marés que o afastam do porto
No instante em que a intempérie afoga a razão
No vendaval de palavras que na cabeça ecoam
Sou âncora

Âncora de elos resistentes e gastos
Refúgio de correntes calcinadas
Gruta de silêncio e compreensão
Mão de energia e vontade
Âncora…

Sou fim e sou princípio
Sou esperança e sou mudança
Sou luta e sou paz
Sou corrente e sou prisão
Sou caminho e sou paragem
Sou força e sou fraqueza
Sou coragem e sou medo

Sou árvore, abrigo e cais
Sou tudo e não sou nada
Sou âncora de barco sem amarras…


terça-feira, outubro 03, 2006

SAUDADE

Um abraço apertado
Uma carícia no rosto
A presença que apetece…

O fogo das loucuras
A natureza a sorrir
A pureza das palavras…

Amar na praia
Correr à chuva
Ser feliz sem perceber…

Saudade
Entre o Hoje e a Esperança
Que a tolerância seja recompensada
E afinal seja imaginável partilhar uma Vida.

Saudades Que o Vento Não Leva.



Druidess Druid